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domingo, 23 de janeiro de 2011

Desejo Contido


Quantas vezes você desejou algo, e ficou apenas no desejo? Sonhou e não obteve? Até onde vai o limite entre o que desejamos e o que obtemos? Existe alguma fórmula, que pudesse nos propiciar o alcance desses objetivos?

É frustrante planejar um fim de semana por meses, e nunca de fato conseguir organiza-lo. Coisas mais simples por vezes nos levam a mesma frustação; um livro que nos programamos para lê-lo dentro de um prazo, e nos vemos estendidos dias ou meses além desse prazo. Uma manutenção em casa; uma pintura da parede, reorganização dos móveis, troca de uma telha ou outra qualquer que seja, que nunca levamos a cabo.

Se desejamos tais coisas porque elas simplesmente não acontecem?

Preguiça, falta de recursos financeiros, falta de tempo, condições climáticas, etc.

Justificativas não faltam, e algumas delas, senão a maioria, terão mesmo forte apelo para eximir-nos do insucesso!

Acredito que a questão toda esteja permeada no quão forte desejamos a mudança.

O princípio que adoto é que no momento que passamos a desejar a mudança, conquista; o fazemos porque cremos que o podemos realizar! Estamos cientes de que temos condições para tal! De outra forma estaríamos falando de insensatez, e não é este o caso de que falo aqui.

Pretensões irreais; embora possíveis dentro do universo estatístico, como conhecer um marciano, ficar bilionário em um ano, se casar com uma celebridade que nunca antes havia ouvido falar de você, entre outras, necessitariam de uma outra abordagem.

Mas das que vinha falando acima, daquelas que de fato temos todas as ferramentas para executa-las, e ainda assim nunca as realizamos ou pelo menos não no tempo programado.

Dessas podemos refletir o porquê dos resultados magros, da teimosia em procrastina-los.

Cada pessoa deveria refletir, por exemplo, porque não concluiu a leitura daquele livro em duas semanas, se esse era um prazo mais do que suficiente para tal. Seria o primeiro passo!

Essa análise iria nos confrontar com nossa consciência das metas e do desrespeito em cumpri-las. Caso percebêssemos que a meta seria na verdade uma daquelas ditas acimas como irreais, então novamente estaríamos fora deste escopo. Mas se as metas estiverem corretas, se os desejos forem saudáveis então a questão é: O quanto realmente desejamos isso?

Existem os desejos supérfluos, aqueles que você é impelido a tê-los, mas que em condições outras você abriria mão deles. Como quando você vai ao mercado fazer compras, e está sem comer nada há algumas horas. Isso – a fome, e suas implicações orgânicas e psíquicas – irá direciona-lo a comprar mais do que inicialmente desejava. Nesse caso torça para estar sem o cartão de crédito na carteira.

Mas dos desejos legítimos, que realmente necessitamos e que os concluímos muito tempo depois, ainda que esperássemos tê-los realizados antes, ou que em alguns casos nunca o concluímos, – das situações a pior – desses devemos nos impor a responsabilidade de reparar nosso fracasso em atendê-los.

A sugestão que dou é que não apenas queira, não apenas deseje. Mas acima de tudo determine-se a esse propósito!

A chave é a determinação!

Desejar sem ter a determinação mínima é como entrar em devaneios, ou estar na verdade tentando realizar o desejo de outros, e não os seus!

Observe, por exemplo, uma mulher acima do peso e com a silhueta esférica. Salvo alguns casos orgânicos, como disfunções endócrinas, psíquicas entre outras, a aparência dessa mulher reflete o estilo de vida que ela leva!

Gostar de doces, chocolates e de pouca atividade física é uma opção! As pessoas têm o direito de serem felizes ao seu modo.

Acontece que confrontados com o estereótipo social, essas pessoas acabam desejando coisas que na verdade não fazem parte daquilo que lhes proporciona prazer. Passam a buscar privações alimentares e a se forçarem a atividades físicas, não porque seria uma prática mais saudável, mas porque fisicamente querem se encaixar nas expectativas sociais!

Passam a desejar o desejo dos outros!

Nesse caso entram em um conflito entre aquilo que lhes proporciona prazer e bem estar, com o que devem fazer parar agradar às expectativas de uma sociedade focada na beleza plástica, na cultura dos corpos sarados.

Esse conflito entre o que nos dá prazer, e o que desejamos; queremos, resulta na maioria dos casos a favor do nos dá prazer. Resulta disso o fracasso em atender aos desejos planejados.

Tudo que desejamos visa satisfazer as nossas necessidades. Portanto saiba quais são as suas! Não as dos outros!

Com determinação sobre as suas necessidades, você notará como seus desejos passarão a se concluírem dentro; ou antes, das datas previstas!

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