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sábado, 3 de janeiro de 2009

Genesis



Então um dia eu resolvo experimentar o uso de blogs, e mesmo sem uma idéia clara do que irei postar nele, ou o que postar nos posts subsequentes, ainda assim a idéia não é totalmente assustadora.



Talvez no fim de um ano apenas um ou outro post terá valido a pena escreve-lo. Bom de qualquer forma terei de experimentar, de tentar algo neste espaço cibernético. Com certeza gramaticalmente farei feio, e isso sem contar com a adoção das novas regras gramaticais, que já geraram muitas polêmicas e mesmo assim meio que ditatorialmente foram impostas.



No momento posso falar da experiência que tive sexta-feira passada (02/01/2009), quando fui munido de documentos (cópias e originais) com o intuito de conseguir a liberação do FGTS. Isso em razão do município ter decretado Estado de Calamidade Pública, e o governo ter então tomado essa decisão, liberando o fundo de garantia a todos os moradores das cidades envolvidas.



Lá estava eu pouco depois do meio dia, chegara ao local determindado (Galegão), e a confusão era total. Pessoas enfileiradas em inúmeras filas ( era a impressão que se tinha), numa sinuosidade tal que após seguir várias vezes o corpo de uma delas, não conseguí chegar ao seu fim.



Depois de ir e vir algumas vezes, e solicitando aqui e ali informações às pessoas nas filas, enfim achei o fim da mesma e lá me pus a segui-la. E isso tudo era a primeira fila, a que ficava do lado de fora do ginásio. Haveria depois outras filas lá dentro, e no entanto só para poder entrar foram mais de 2 horas e meia !!



E deveria me considerar um sortudo, pois houve gente que foi barrado à entrada, quando eram perto das 14 horas !! Ou seja, pessoas que foram dentro do horário, na data certa, e com toda a documentação necessária, simplesmente foram proíbidas de entrar.



Verdade que aquilo lá parecia um formigueiro ! Encontrei gente que a anos não encontrava pela cidade, e conforme o tempo passava, mais gente entrava na fila, do que eram liberadas pelo atendimento interno. Nesse ritmo só com os que já estavam na fila, a estimativa era que o atendimento se estenderia até às 8:00 da noite !!



Apenas um funcionário da caixa se via tentando atender ao público durante todo o tempo em que me arrastei fila adiante. Quando enfim adentrei ao ginásio, mais outra sessão de espera, pelo menos lá dentro estavamos sentados, e embora em nenhum lugar houvesse onde se comprar água ou qualquer tipo de comida, o que todos queriam era apenas ser atendidos e poderem irem logo embora dali.



Notei que ao serem chamados, pelo número da senha, as pessoas ainda aguardavam em pé diante dos terminais de computadores, na espera para que a pessoa que estava sendo atendida fosse liberada.



Depois desse atendimento, conforme fosse o caso, a pessoa ainda teria uma ou duas filas pelo menos pra entrar.



Dei sorte, perto das 17:15 Hs quando fui chamado, peguei apenas mais duas filas, a do terminal, onde entreguei as cópias dos documentos, e depois a fila para agendar o saque.



A organização pecou seriamente, basta ver a necessidade de se barrar pessoas que eram da letra do dia ( Letra A ), e estavam chegando dentro do horário permitido.



O público em geral se comportou excelentemente bem, típico do blumenauense, que mesmo diante da bagunça geral que era aquela formação de filas, e de falta de orientação adequada, de sinalizações, de oferta de comida e de água potável, ainda assim não se alterou em nenhum momento. Paciente e conformado, o público se manteve na fila por horas, a maioria sem almoçar ou mesmo sem beber por horas a fio, até o momento de sua liberação.



Os comentários em geral foram que apenas nesse dia deu essa confusão ! Teria sido pelo excesivo número de pessoas com a inicial A. Parece que nos outros dias o atendimento foi rápido e todos puderam ser atendidos sem serem barrados à entrada.



A pergunta seria : Será que os organizadores desconheciam quantas pessoas cadastradas possuíam a letra A na inicial do nome ? E se lembrarmos que dias antes, para essas mesmas pessoas, as datas eram outras, eram os dias 5, 6 e 7/01. Quantas pessoas viajaram e irão retornar nessas datas tentando serem atendidas ??



A situação não é com certeza cotidiana, e poderia ter sido melhor organizada, mas no geral foi positiva. Embora notei vários terminais de computadores vazios, sem seus operadores, ainda assim havia vários funcionários cumprindo sua jornada de trababalho e se esforçando para compensar a falta de organização visível.



Ficou no mínimo uma idéia, que vou deixar aqui pra quem com senso de humor possa refletir num futuro qualquer : Talvez para meu próximo filho, deverei dár-lhe um nome que comece com letras menos usuais, como Y, W ou Z.